quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Como administrar uma crise interna de liderança?

Quem nunca trabalhou em uma empresa em que o diretor foi mandado embora, ou até mesmo se demitiu por algum motivo? Quando isso acontece, é provável que ocorra dentro da empresa uma crise, uma vez que sempre fica dúvida:Quem irá substituí-lo? Essa transição nem sempre é programada pela empresa, pois são diversas as causas que levam a essa atitude.


A sucessão é sempre um momento crítico na gestão da empresa”. Afirmou Santiago Barba Vera, professor da Universidade de Deusto, em sua pesquisa A sucessão do CEO: gestão de uma crise. No texto o autor diz que é importante que as empresas tomem cuidado com tais atitudes, pois não percebem que esse processo interfere muitas vezes nos resultados da companhia e na motivação dos profissionais.


A saída de um profissional qualificado pode ocorrer de duas formas: uma quando a substituição é programada, como a aposentadoria, e a outra, em que ela não é programada, quando existe um corte, por exemplo.


Quando programada, a crise torna-se mais fácil de administrar. Mas é importante que se tome alguns procedimentos, por exemplo um plano de sucessão que seja implementado antes dos acontecimentos, como uma forma de prevenção. Grandes empresas acham muito importante já se ter uma pessoa capaz de substituir.


Agora, quando não programada, a substituição é mais difícil, pois as dúvidas são: promover um candidato da própria empresa, ou optar por novas pessoas? Independentemente do que a empresa decidir é importante que ela comunique a decisão o mais rápido possível da saída do profissional em questão.


Se a empresa optar por um profissional interno, tudo se torna mais fácil. O problema é apenas quando existem muitos profissionais indicados ao cargo e a empresa resolver optar por um de fora. O professor da Universidade de Deusto, diz que nesse caso, é importante que a diretoria evite a desmotivação dos profissionais internos, além de se certificar que exista uma colaboração durante todo o processo. “O tato, a comunicação, os aspectos econômicos e motivacionais também são da máxima importância” diz o professor.


Quando a decisão é contratar um profissional externo, é importante que ele seja capaz de assumir essa posição, bem como ter um “bom jogo de cintura” para conseguir apoio. Pois na maioria das vezes, esse é rejeitado pelos companheiros de trabalho, o que dificulta sua permanência dentro da empresa.


Quando tudo estiver resolvido, o profissional instalado na sua função e desenvolvendo bem o seu papel, a crise aos poços se resolverá, não de uma forma imediata, aos poucos. Como disse o professor: “Na gestão de uma crise de liderança, o que está em jogo na empresa é muito mais do que a substituição de um CEO por outro: está em jogo a reputação da equipe administrativa e o prestígio social da empresa.”


Por Fernanda Damasceno

Fonte: http://www.wharton.universia.net/index.cfm?fa=viewfeature&id=1080&language=portuguese

Um comentário:

  1. Independente de quem assumirá, quando acontece de alguém, ocupante de um importante cargo, deixar a empresa, seja programado ou repentino, o desligamento será um marco forte para toda a equipe. Normalmente, pessoas com cargos importantes são referências e tomados como exemplo.

    Cabe a nós, profissionais de Relações Públicas, trabalhar a comunicação interna visando proteger a estabilidade do clima organizacional para que qualquer alteração, por menor que seja, não se reflita externamente à coorporação.

    Excelente texto e escolha do tema!
    Parabéns!

    Murilo Afini

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