sábado, 31 de outubro de 2009

A estratégia é ir de dentro para fora

Governo, imprensa, comunicacao instituições religiosas, empresas e empresários lutam diariamente para mudar suas imagens negativas perante OP, pois são sempre estereotipadas pela sociedade.
A partir do momento que isto foi percebido por estas camadas profissionais no exterior, este fator passou a ser gerenciado, diferente da maneira que ocorre no Brasil, onde todos sabemos das consequencias destas especulações negativas e muitas vezes não nos preocupamos da forma que deveríamos.


As empresas possuem um estigma árduo a eliminar, pois são muitos os estereótipos que poluem o chamado imaginário popular. Para a sociedade, as empresas e seus empresários são do mal, só visam o lucro, exploram empregados, sonegam impostos, poluem o ambiente e são insensíveis aos problemas sociais. Quando alguma empresa está envolvida numa denúncia ou num escândalo, logo ressurgem esses conceitos na cabeça da população, comprometendo a imagem e, por conseguinte, todo o processo de desenvolvimento da organização.


Nesses casos, é comum empurrar o problema para a assessoria de imprensa, que muitas vezes nem sabe o que se passa dentro da empresa, quanto mais fora dela. Mas será que cabe a apenas um departamento o trabalho de preservação da imagem? Não. Castro Neves, assim como outros autores, acredita que o gerenciamento da imagem é um processo que depende da organização como um todo, começando por aquele que ele chama de número-um da empresa, o presidente. Para legitimar sua opinião, o autor se inspira num cotidiano empresarial diante de uma situação crítica, inserindo os conceitos pouco a pouco, como se estivesse conversando com o leitor informalmente. E, para chegar ao ponto "x" da questão, ele fragmenta alguns dos setores que compõem a comunicação integrada, definindo seus conceitos e suas funções através de uma relação com o exemplo que o inspirou.

O processo de comunicação integrada se dá progressivamente. Numa primeira etapa, é necessário reunir todos os departamentos que possuem relação direta com públicos (diversos), ou seja, marketing, vendas, recursos humanos, advogados, telemarketing, relações públicas, agências de publicidade, mesmo que estas desempenhem estratégias independentes. Os próximos passos são: a criação do Plano Estratégico da Imagem, da Gerência de Comunicação Programada, da Gerência de Comunicação Simbólica e do Issue Management. O último termo serve como base para Castro Neves definir outras tantas questões de gerenciamento, incluindo as chamadas Questões Públicas, um dos temas do subtítulo do livro.


Antes de passar da teoria à prática, Castro Neves aborda novamente a questão dos "estigmas da raça", destacando a importância, tão pouco reconhecida, do profissional de relações públicas. Fazendo parte de um dos capítulos finais do livro, essa questão explica por que é função do empresário, do executivo, do administrador, do profissional, do estudante, assim como de todos aqueles que lidam com as questões públicas, planejar, direcionar e agir sempre no sentido de criar uma imagem que derrube estereótipos e preconceitos, evitando que as atividades desenvolvidas se tornem frustrações e fracassos.


Estranha-se, que abordando os critérios e a importância da "comunicação integrada" numa obra tão recente, o autor não inclui em suas referências e na bibliografia final nomes como os de Francisco Gaudêncio Torquato do Rego e Margarida M. Krohling Kunsch., dois pioneiros dos estudos sobre essa temática no Brasil. O primeiro, em sua tese de livre-docência na ECA-USP (1983), publicada com o título de Comunicação empresarial/comunicação institucional: estratégias, sistemas, estruturas, planejamento e técnicas (Summus, 1986), prega a necessidade de usar sinergicamente a comunicação para a obtenção de eficácia nas organizações utilitárias. Margarida abordou a temática na dissertação de mestrado (1985) e nas teses de doutorado (1992) e livre-docência (1996), defendidas na ECA-USP e acolhidas por editoras comerciais, duas delas já com mais reedições: Planejamento de relações públicas na comunicação integrada (Summus, 1986); Universidade e comunicação na edificação da sociedade (Loyola, 1992); e Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional (Pioneira, 1997).


A bem do crédito ao conjunto de esforços de pesquisa na área, fica aqui esse pequeno reparo à obra de Castro Neves, que, de qualquer forma, numa linguagem informal, leve e bem-humorada, contribui de forma valiosa para reforçar a necessidade de uma comunicação organizacional integrada, em função de sua eficiência e eficácia.





Por Vinícius Ponsano




Fonte: NEVES, Roberto de Castro. Comunicação empresarial integrada. Rio de Janeiro: Mauad, 2000

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Qual a melhor ferramenta virtual para minha organização?


Com a evolução da Internet, surgem a cada momento novas ferramentas virtuais. Estas facilitam o processo de comunicação e a troca de informações entre os internautas. A exemplo destas estão o Orkut, Facebook, Twitter, Flickr, Blogs, entre outras.

Sabendo disto, as organizações passaram a ter um olhar mais crítico sobre a Internet e passaram a adotá-la em seu planejamento estratégico, comunicando-se com seus públicos de outra maneira. Mas há um grande problema, como escolher a ferramenta mais adequada para o meu processo comunicacional? Qual irá atingir meus públicos de forma mais eficaz?

Estas são exemplos de algumas perguntas que são feitas ao implementar ferramentas virtuais no processo comunicacional de uma organização. Não existe “uma” mais adequada para as organizações, é necessário que haja um planejamento muito bem estruturado, com uma pesquisa e uma pré-seleção das ferramentas que mais convém para a instituição. Nem sempre é interessante a utilização de todas elas para este processo comunicacional, muitas organizações utilizam apenas uma destas para se comunicar com seus internautas. Por conta disto, a realização de uma pesquisa para conhecermos melhor nosso público é tão importante, para que não perder tempo em nos adaptar com todas as ferramentas, mas sim, nos adaptar apenas com aquelas que são interessantes para a organização e para seus públicos.

Devemos tomar cuidado para que estas ferramentas não virem um problema para a empresa, é necessário um acompanhamento e uma atualização constante destas, para manter informados os contribuintes diretos e indiretos dos produtos e serviços de sua instituição, conseqüentemente, assegurando uma boa imagem deste canal virtual já que este é uma extensão de sua empresa.

Estas ferramentas vieram para aumentar os horizontes de sua organização, use-as de maneira adequada, compatível com a sua estrutura organizacional e em sintonia com seus públicos. Estude-as, busque opiniões e as utilize de forma eficaz e com seriedade, pois, estas podem melhorar sua rede de relacionamentos e assim, garantir a relação O-P (organização-público).

Por Vinícius Miraglia

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ethos e a Responsabilidade Social

Responsabilidade social é a relação que a empresa se compromete a ter com todos os públicos, de uma forma ética e transparente, a fim de impulsionar o desenvolvimento sustentável da sociedade, respeitando a natureza e a cultura para as próximas gerações além de promover a redução da desigualdade social. Ela é uma nova forma de gestão empresarial, e vem cada vez mais se tornando importante para as empresas, pois é através dela que as organizações exercem impacto e objetivo no próprio significado.

As empresas eram vistas com um único objetivo, gerar lucro, e essa visão durante muito tempo foi como uma obrigação de quem administra a empresa, de ter que prestar contas dos bens recebidos por ele. Só que no mundo contemporâneo não é mais vista assim.

Hoje em dia se a empresa não possui matéria prima, mão de obra e recursos, não gera lucro e nem proporciona a qualidade de vida.Para Oded Grajew presidente do Instituto Ethos, o conceito de responsabilidade social na sociedade brasileira, define-se como: "(...) a atitude ética da empresa em todas as suas atividades. Diz respeito às interações da empresa com funcionários, fornecedores, clientes, acionistas, governo, concorrentes, meio ambiente e comunidade. Os preceitos da responsabilidade social podem balizar, inclusive, todas as atividades políticas empresariais”.(GRAJEW, Instituto Ethos, 2001). Portanto, o lucro continua sendo importante para a sobrevivência da empresa, porém junto a ele tem que vir também objetivos de ordem humana, como satisfação total de todos os envolvidos com a empresa, desde clientes até o meio ambiente.

O instituto Ethos, utiliza sete indicadores para medir o nível de prática de responsabilidade Social, são eles:

• Valores, Transparência e Governança
• Público Interno
• Meio Ambiente
• Fornecedores
• Consumidores e Clientes
• Comunidade
• Governo e Sociedade

Esses indicadores orientam as empresas nas incorporações de ações e no monitoramento do seu desempenho.

As pessoas procuram valorizar empresas que possuem esse comportamento, afim de preferir produtos de empresas que são socialmente responsáveis. E hoje em dia quem não acompanhar essa evolução nesse novo cenário social, estará com seus dias contados.


Por Fernanda Damasceno

Fontes:http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/pt/29/o_que_e_rse/o_que_e_rse.aspx;

http://www.habitatbrasil.org.br/biblioteca/artigos-e-pesquisas/mas-o-que-e-responsabilidade-social;

http://www.responsabilidadesocial.com/article/article_view.php?id=553